O que é musicoterapia?
Trata-se de um híbrido entre arte e saúde e serve para promover a comunicação, expressão e aprendizado. Além disso, busca facilitar a organização e a forma de se relacionar dos seus pacientes.
Pode ser utilizado em qualquer área que haja demanda, seja promovendo saúde, reabilitando ou atuando como medida de prevenção ou simplesmente para melhorar a qualidade de vida.
Além disso, existe a musicoterapia comunitária, ou social, que visa empoderar grupos e possibilitar o engajamento e organização necessários para que os indivíduos do grupo tenham plenas capacidades de enfrentar os desafios comuns da vida em sociedade.
Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, “a musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida”.

Como funciona a musicoterapia?
É bastante difícil descrever o que acontece em uma sessão de musicoterapia, pois existem diversas abordagens de tratamento.
Ele pode ser realizado com o paciente passivo, somente escutando o musicoterapeuta tocando, ou ativo, ou seja, participando e fazendo música com o terapeuta.
Essas sessões de terapia são muito úteis para ajudar no desenvolvimento de habilidades comunicativas e de autoexpressão.
Também é possível que a musicoterapia seja utilizada em grupos, em que todos os membros tocam algum instrumento em conjunto e participam da execução de uma música. Segundo os estudos de caso, as sessões ajudam os pacientes a se soltarem mais e expressarem as próprias emoções com mais facilidade.
Autismo
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e no comportamento social das crianças.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 70 milhões de pessoas em todo mundo possuem algum grau de autismo, sendo que esse número, só no Brasil, ultrapassa os 2 milhões.
Crianças com autismo podem se beneficiar bastante da musicoterapia, pois a utilização de instrumentos pode servir como uma importante ferramenta para incentivar a comunicação e a autoexpressão, trazendo qualidade de vida para o portador da doença.
A origem da musicoterapia contemporânea
Não menos interessante que todas as especulações feitas por sociedades antigas, a história da musicoterapia moderna tem suas raízes em um local bastante curioso: os hospitais militares da segunda guerra mundial.
A música nunca deixou de gerar interesse em médicos, mas foi somente aplicada de forma sistematizada e estudada por conta do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A música era utilizada nesses hospitais para ajudar na recuperação de soldados que voltaram da guerra, sendo especialmente voltada para pacientes transtornos mentais e emocionais.
A musicoterapia não é uma técnica nova. Muito pelo contrário. Gerou por muito tempo fascinação e é somente a partir do século XX que investigações mais científicas puderam ser feitas a respeito do seu potencial terapêutico.
Além disso, hoje, mais do que em qualquer outro momento da história da humanidade, estamos em contato direto com a música. Ela se faz presente o tempo todo, nos nossos fones de ouvido, nos nossos carros e até no trabalho.
Muitas vezes, não temos o tempo necessário para apreciá-la como deveríamos e ela acaba servindo como simples ruído de fundo. Entretanto, se enxergarmos o potencial terapêutico e as mudanças que ela pode proporcionar a nossa vida, talvez possamos levar uma vida saudável. Se não saudável, pelo menos mais sonoramente colorida.
Fonte: TJDFT